Depois de muitos meses, mas muitos mesmo estou aqui, retornando e escrevendo algo que pela graça de Deus edifique a vida de uns e nos ajude à chegar dia-a-dia mais próximos de Deus.
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Jeremias 17, 9-10
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?
Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.
Estamos numa sociedade que serve esse músculo que levou tantos homens e mulheres à perdição. Que retirou a força e trouxe a vergonha à Sansão, que humilhou e levou à tristeza Davi.
É comum ouvir concelhos de amigos, muitos deles cristãos para que em decisões dificeis procure ouvir a voz do coração, mas de fato, as vozes do coração muitas vezes levam somente ao prazer que a carne pede, e nos tira a paz. Um concelho que deixo com todo carinho possível que ouvi de minha mãe e que se espelha na vida de vários homens de Deus e que aprendi através de muita luta é que ao pedir respostas à Deus referentes à algo que você irá fazer e cruzar os braços esperando a resposta não são inteligentes, nem produtivas, e trazem profunda tristeza e desgaste espiritual.
Devemos entregar os planos a Deus e permitir as suas intervenções, mas não parar esperando instruções ou que Deus mande um mensageiro apontando o lado à seguir. Ele pode sim fazer de tal maneira, mas devemos caso não seja sua vontade continuar e permitir que ele guie nossos passos.
O que aprendi é que decisões que te dão paz geralmente são guiadas por Deus, mas é uma paz diferente, uma paz que te completa, uma paz vinda de Deus.
Deus teve tanto trabalho pra criar o livre arbítrio e nós, queridos filhos, pelo prazer de seguir a Deus queremos ser guiados e chegar nos lugares sem esforço, mas esquecemos que o caminho da cruz foi feito sozinho. E que devemos igualmente seguir, com os momentos de alívio que pela misericórdia nos é permitido e seguir.
Sacrificar nosso corpo, nosso sangue e suor. Dia-a-dia, mesmo sem poder de certo ir à igreja sempre, ou fazer sempre um jejum. Mas não esquecendo do criador e mesmo em meio às feridas, dores e caos conversar sobre seus medos, anseios e dúvidas.
Muitas vezes há tristeza para correr à Deus e contar como o dia foi triste, e assim garantir mais um dia de salvação diferente de uma felicidade que às vezes pode ser mascarada e levar rápido à perdição. E com o sofrimento com Deus pode ter certeza... a felicidade com ele é milhões de vezes mais agradável e mais prazerosa.
Nos momentos de impaciência, onde há o questionamento de seguir ou não seguir à Deus e o obedecer, pois a carne pode ser muito mais "vantajosa" (por alguns pontos de vista). Acho importante ressaltar um pensamento.
Sempre imagino um local branco, sem absolutamente nada... você no meio dessa imensidão... mas agora você é uma criança. E há mais dois te esperando. Você dá seus primeiros passos... ou aos braços do Pai, que te espera de sorriso no rosto, orgulho e incentivo para você andar. E prestes à te aparar em suas quedas, esperando com um abraço caloroso.
Ou outro que te seduz, lhe rouba a pureza e nesse meio caminho lhe ilude, roubando-lhe um beijo e olhando de olhos fixos o pai que deixou para trás com olhos fixos de deboche pela troca por algumas moedas de prata.
É forte... sim... eu sei. Mas é que muitas vezes, é preciso olhar os extremos pra acordar.
Gostaria de acabar mais sublime, como sempre acabo, mas não é a ocasião.
Que Deus nos encha de paz, e conforte nosso coração.
Amém
David Weydson
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